ANNA BELLA GEIGER


OUVINTE DO MUNDO III
2005
Papel pergaminho, pigmento azul cobalto (cedido por Yves Klein), folha de chumbo, gravura de mapa mundi
40 x 50 x 7 cm
Estimativa: R$ 15 / 20.000

Obra da série que a artista denomina de Rolos. Nesses rolos, diz Anna Bella, “... procuro criar um elo dialógico entre presente e passado, e uma correspondência entre geografia e arte ao relacionar cartografia, memória e história”.

A obra Ouvinte do Mundo já foi exposta em mostras individuais da artista e na Feira ARCO de Madrid.

Biografia
Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro, RJ, 1933). Escultora, pintora, gravadora, desenhista, artista intermídia e professora. Com formação em língua e literatura anglo-germânicas, inicia na década de 1950 seus estudos artísticos no ateliê de Fayga Ostrower. Em 1954, vive em Nova York, onde freqüenta as aulas de história da arte com Hannah Levy no Metropolitan Museum of Art e, como ouvinte, cursos na New York University. Retorna ao Brasil no ano seguinte. Entre 1960 e 1965, participa do ateliê de gravura em metal do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde passa a lecionar três anos mais tarde. Em 1969, novamente em Nova York, ministra aulas na Columbia University. Volta ao Rio de Janeiro em 1970. Em 1982, recebe bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation, em Nova York. Publica, com Fernando Cocchiarale, o livro Abstracionismo Geométrico e Informal: a vanguarda brasileira nos anos cinqüenta, em 1987. Sua obra é marcada pelo uso de diversas linguagens e a exploração de novos materiais e suportes. Nos anos 1970, sua produção tem caráter experimental: fotomontagem, fotogravura, xerox, vídeo e Super-8. Dedica-se também à pintura desde a década de 1980. A partir da década de 1990, emprega novos materiais e produz formas cartográficas vazadas em metal, dentro de caixas de ferro ou gavetas, preenchidas por encáustica. Suas obras situam-se no limite entre pintura, objeto e gravura. (fonte: Itaú Cultural). Entre suas exposições mais importantes estão: Fotografia além da fotografia-Anna Bella Geiger 1972/2008 , Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2008 e New works - Galerie Bernd Slutzky, Frankfurt am Main, 2007. Em 2006, apresentou Circa, no Projeto Respiração da Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro. Participou de importantes coletivas como ELLES@Pompidou, Centre Pompidou, Paris (2009); KRAJ-OPOLE-Homeland, Galeria Sztuki, Polônia; The Battle of the Genders, Centro Galego de Arte Contemporânea CGAC, Santiago de Compostela; Whenever it starts it is the right time-Frankfurt Kunstverein, Frankfurt; Cartografias Estéticas - Arte en Brasil hoy, El Escorial/ Seminário Universidad Complutense e lançamento do livro Territórios, Passagens, Situações; Role Play: Feminist Art Revisited 1960-1980, Galerie Lelong, New York; Edição especial de 5 gravuras inéditas para Arte y Naturaleza, Madrid; 5éme Biennale Internationale de Photographie, Liège, Bélgica (2008) e ARCO - Feira Internacional de Arte Contemporânea, Madrid (2007).
Tem trabalhos (fotografias) em museus como The Museum of Modern Art of New York; Centre Georges Pompidou, Paris; The Getty Collection, Los Angeles; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; FOGG Collection, Harvard, Boston e Bibliothèque Publique de Paris.

ANNA MARIA MAIOLINO



SEM TÍTULO, DA SÉRIE PROPÍCIOS
2008
Tinta acrílica sobre tela
80 x 80 cm (cada peça do díptico)
Estimativa: R$ 50 / 70.000

Propícios é o titulo de uma série de trabalhos executados com tinta acrílica sobre tela, iniciada em 2007. Com esta série, a artista inicia um caminho transversal e paralelo à série Ações Matéricas (1994 a 2009). O princípio do método empregado nas duas séries é o mesmo: não é utilizado pincel, a obra se realiza com a tinta que escorre, obedecendo aos movimentos da mão, do braço, e do corpo. A tela é um desafio para o corpo que se apodera dela, através dos impulsos vitais, com destreza e incorporando o acaso. A obra é constituída pelo acaso, sem prévio desenho.
Com estes trabalhos, a artista demonstra que há ordem no caos; que é possível desenhar sem usar os instrumentos tradicionais, utilizando-se apenas da gravidade e dos movimentos do seu próprio corpo para controlar a tinta. É uma entrega ao fluxo das potências da natureza e da liberdade humana. São trabalhos que se guiam pela certeza de que não há uma unidade que preceda a forma, mas que a forma ao se manifestar revela uma unidade determinada pelo fluxo do acaso.


Biografia
Anna Maria Maiolino, artista brasileira, vive e trabalha em São Paulo. Nasceu na Itália em 1942, de pai italiano e mãe Equatoriana. Emigra para Venezuela em 1954 com sua família. Em 1958 se inscreve na Escola Nacional Cristobal Rojas (Caracas) no curso de Arte Pura. Em 1960 se muda para o Brasil. No Rio de Janeiro freqüenta cursos livres de pintura e xilogravura na Escola Nacional de Belas Artes e, desde o inicio, se integra ao novo meio cultural. Na escola conhece artistas como Antonio Dias e Rubens Gerchman com os quais virá a participar da Nova Figuração. Ela foi uma das artistas que integrou em 1967 a mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM, Rio de Janeiro, e assinou a “Declaração de Princípios Básicos da Vanguarda” junto com Oiticica, Antonio Dias, Rubens Gerchman, Lygia Clark, Lygia Pape, entre outros. No mesmo ano realiza sua primeira exposição individual no Brasil, mostrando xilogravuras na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro. Em 1968 torna-se cidadã brasileira e viaja para Nova York. Em 1971, a Pratt University, NY, lhe concede uma bolsa de estudo para freqüentar os ateliês do International Graphic Center, Workshop. O trabalho nesse momento abandona a representação. Tendo mergulhado na experiência da poesia, é levada a explorar outras possibilidades imanentes da folha do papel: as corpóreas e espaciais. Ao voltar para o Rio de Janeiro na década de 70, dedica-se à experimentação e à utilização de diversas mídias como forma de ampliação do discurso da obra. Em 1989 a Associação Brasileira de Críticos de Arte confere o Prêmio Mario Pedrosa, como melhor exposição do ano, pela série de trabalhos com escultura moldada. A partir deste ano inicia a série de instalações Terra Modelada, trabalhando grande quantidade de argila “in sito”. Em 1992 participa da mostra: AMERICA - Bride of the Sun. 500 years Latin America and the Low Countries, Royal Museum of Fine Arts, Antwerp, Belgium. Em 1993 recebe da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) o prêmio Os Melhores de 1993 - Pesquisa de Linguagem, pela exposição Um, Nenhum, Cem mil, realizada na Galeria Gabinete de Arte Raquel Arnaud. Em 1996 participa da mostra Inside the Visible, The Institute of Contemporary Art, Boston (Exposição itinerante), de Mulheres Artistas do Século XX com a curadoria de Catherine de Zegher. Integra em 1998 a secção Roteiros, da XXIV Bienal de São Paulo, curada por Rina Carvajal. Em 1999, com curadoria de Marcio Doctors, realiza a instalação Aqui estão, no Espaço de Instalações do Museu do Açude, Rio de Janeiro. Em 2000, a convite da critica Milena Kalinovska, integra a mostra An Experiment, The Sixties Legacy, organizada pela ICI, Nova York , e apresentada também na Collection of Modern and Contemporary Art of the National Gallery Prague, Czech Republic.
Em 2001 destaca-se a exposição individual antológica de desenhos: Vida Afora/ A Life line, The Drawing Center, New York, USA e N vezes Um/N Time One, instalação e projeção retrospectiva de filmes Super 8 e Vídeos, Art in General, New York. Nesse mesmo ano foi editado pelo The Drawing Center o catálogo Anna Maria Maiolino Vida Afora/ A Life Line, editado por Catherine de Zegher. O catálogo cobre 45 anos de produção da artista. Nesse ano suas obras passam a integrar o acervo do MoMA de Nova York. Em 2004 participa da exposição MoMA y el Museo – Latin American and Caribbean from the Collection of the Museum of Modern Art, El Museo Del Barrio, New York, USA. Convidada pelo critico Michael e Asbury e The London Institute, University of Arts London participa de: Transnational Art Seminar, falando do seu trabalho, dentro do contexto da arte brasileira. Em 2005, a Pinacoteca do estado de São Paulo realiza a primeira exposição retrospectiva da artista no Brasil, Entre Muitos – retrospectiva com a curadoria de Paulo Venâncio Filho. Em 2006 esta exposição viaja par o MAC de Miami com o título Territories of Immanence. Para 2010 estão previstas uma mostra individual no Camden Arts Centre, Londres, uma exposição retrospectiva na Fundação Antoní Tàpies, e sua participação como artista convidada do Projeto Respiração, na Fundação Eva Klabin.

BRÍGIDA BALTAR














CASA DE ABELHA
2002
Foto-ação
60 x 40 cm
Tiragem 1/5
Estimativa: R$ 6 / 8.000

“Inspirada no universo destes insetos que constroem sua casa (a colméia) e seu alimento (o mel) em simultaneidade absoluta, Brígida cria uma espécie de fábula traduzida em fotos, vídeos, desenhos, animações e pequenos escritos que se propõem a mostrar a casa como o centro produtor de afetos. As fotos, que trazem Brígida usando uma roupa em ponto casa-de-abelha (roupa favo), confeccionada especialmente para o trabalho, possuem uma atmosfera extremamente contemporânea e ficcional, com um olhar atento ao mundo atual (...) Temos ali um corpo, que é também um favo, um doce. O mel é o afeto.” (Luisa Duarte, 2002)

A obra Casa de Abelha foi concebida para a XXV Bienal De São Paulo em 2002 e participou de outras exposições importantes como as individuais na Galeria Julia Friedman em Chicago, 2002 e Casa de Abeja no Instituto Cultural Brasil Bogotá, Colombia, 2003. Em 2004 participa da exposição Artistapersonagem, Centro Cultural Maria Antonia, São Paulo, Brasil, com curadoria de Daniela Labra e UP & COMMING, Arco Madrid 2004. Em 2005 participa da coletiva de artistas brasileiros e argentinos na exposição El sutil vértigo de la imagen, Rosário, Argentina.

Biografia
Brígida Baltar nasceu no Rio de Janeiro em 1959, onde vive e trabalha. É representada pelas galerias Nara Roesler, São Paulo, MCO Porto, Portugal, 713 Arte Cóntemporaneo, Buenos Aires.
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro e frequentou o grupo Visorama no final dos anos 80. Já nos anos 90 começa a participar de exposições importantes como Bienal de Havana, 1994, e Panorama de arte Brasileira, em 1997. Entre as exposições recentes mais importantes estão After utopias, Museu Pecci, Itália, 2009; e An Indoor Heaven no Firstsite, em Colchester, Inglaterra, 2006. Em 2007 faz a instalação Passagem Secreta, no Projeto Respiração, da Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro e integra o Panorama de Arte Contemporânea 2007, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e Alcalá Madrid.
Em 2005, participa das exposições L’Autre Amerique, Passage de Retz, Paris e Untitled, Santa Barbara Contemporary Arts Forum, Santa Barbara, EUA.
Em 2004 integra a exposição Body Nostalgia, MOMAT- Museu de Arte Moderna de Toquio e Unbound, Parasol Unit em Londres. Em 2002, participa da Bienal Internacional de São Paulo e C’est pas du cinema, Studio Fresnoy National des Arts Contemporains, França.
Possui trabalhos adquiridos em coleções particulares como as de Gabriel Werthein, Roger Wright e José Olympio, entre outros. E coleções institucionais como CIAC [coleção Coppel], México, MOCA - Museu de Arte Moderna de Cleveland, USA, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Solar do Unhão - Museu de Arte Moderna de Salvador, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife, Centro Cultural Banco do Nordeste e Itaú Cultural São Paulo.
Link

CHELPA FERRO


CAMA
2001
Tatame, oscilador de frequência, amplificador de som, alto-falantes, cabos, madeira e acrílico
81 x 189 x 132 cm
Estimativa: R$ 40 / 50.000

Cama confeccionada com tatame onde o visitante pode deitar e ser massageado por baixas frequências inaudíveis. No travesseiro, uma velha história japonesa é contada por Hiromi Konishi.

Biografia
Fundado em 1995 no Rio de Janeiro pelos artistas Barrão, Luiz Zerbini e Sergio Mekler. Suas principais exposições individuas foram Totoro na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2009), Netmage 08, International Live-media festival – 8th edition, Bologna, Itália (2008), On off poltergeist na Meskalito Gallery, em Londres (2007), Jungle jam na Foundation For Art And Technology, em Liverpool, (2006) e Hum no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2003). Em 2005 participaram do Projeto Respiração, na Fundação Eva Klabin, com a intervenção Estabilidade provisória. Participaram também de uma série de exposições coletivas, como a Performance Presente Futuro, Oi Futuro, Rio de Janeiro (2008), Contraditório / Panorama da arte brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Jardim do poder, no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília e Encuentro entre dos mares. Bienal de São Paulo – Valencia, em Valencia, Espanha (2007), Geração da virada - 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira, no Instituto Tomie Ohtake SP e Mam [na] Oca, Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo, Brasil (2006). Em 2005 tiveram participação na 51ª Bienal de Veneza, em 2004 na 26ª Bienal de São Paulo e em 2003 na Oitava Bienal de Havana, na Fortaleza de La Cabaña, Havana, Cuba. Em 2002 apresentaram Autobang, na 25ª Bienal de São Paulo e poT na The Liverpool Biennial of Contemporary Art. Apresentaram-se também em shows como Multiplicidade, Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro, Netmage 08, International Live-media festival – 8th edition, em Bologna, Itália e Contraditório “Panorama de Arte Brasileira”, Madrid, Espanha (2008), Contraditório "Panorama da arte brasileira", Museu de Arte Moderna, São Paulo, e The Space, em Londres (2007), The Maerz Musik Festival 2005, em Berlim, e no 15º Videobrasil Festival Internacional de Arte Eletrônica, no SESC Pompéia de São Paulo (2005), A garagem do gabinete de Chico, inauguração do Espaço Agora Capacete, Rio de Janeiro (2000) e O gabinete de Chico no XII Vídeo Brasil, São Paulo.
O grupo tem feito também uma série de exposições nas galerias Fortes Vilaça e Vermelho (SP) e Progetti (RJ). Em 2002 criaram Mesa, projeto desenvolvido especialmente para a Cia. de Dança Deborah Colker para o espetáculo “4X4”. Sua discografia conta com “Chelpa Ferro II”, Ping Pong (2004) e “Chelpa Ferro”, Rock It! Records (1997).

CLAUDIA BAKKER



CABELINHOS – DA SÉRIE DESENHOS ORGÂNICOS
2008
Linhas de bordar s/ tecido
91 x 118 cm
Estimativa: R$ 5 / 8.000

A partir da Instalação "Primavera Noturna", realizada em 2007, no Projeto Respiração da Fundação Eva Klabin, Claudia Bakker incorporou à sua produção o tecido e, mais recentemente, linhas de bordar, que deram origem à série dos “Desenhos orgânicos”. Estes trabalhos se destacam pela cor vermelha, que é uma presença constante da sua obra. Eles são o resultado da energia estática do contato da linha com o tecido conjugada aos movimentos de seu corpo; por isso orgânicos.

Cabelinhos faz parte da série de "Desenhos Orgânicos", que, em 2008, foi apresentada em exposições individuais nas Galerias Graça Brandão em Portugal e Arte em Dobro no Rio de Janeiro. Em 2009, este trabalho participou da coletiva "Poética Têxtil", realizada na Oficina Cultural Oswald de Andrade / SP.


Biografia
Claudia Bakker vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e é Mestre em Comunicação e Tecnologia da Imagem pela ECO/UFRJ, 2001, com a tese “Land Art como estratégia de proteção do espaço ante a virtualidade das imagens no século XX”, resultado das sensíveis experiências que a artista realizou na natureza ao longo dos anos 90. Entre elas podemos destacar as instalações “O Jardim do Éden e o sangue da Górgona” (1994) e “Via Láctea” (1996), ambas em fontes do Museu do Açude, da Fundação Museus Castro Maya, RJ. Suas instigantes instalações foram transformadas em fotos que deram origem a séries de trabalhos mostrados na exposição individual Fototextos (Museu da República- RJ/ 1998). Neste período realiza diversas vídeo-instalações como Pomar e o Mar (Galeria IBEU – RJ / 1996), Apropriação – Desejo/Limite (Teoria dos Valores / Casa França-Brasil – RJ / 1998), Quanto Tempo Dura (Projeto Macunaíma – Funarte / 1998) e Tempo Danificado (Paço Imperial – RJ /1999).
Nos anos 2000 é convidada a participar de inúmeras exposições: em 2005, Educação Olha! (Galeria Gentil Carioca – RJ); 2006, Draw-Drawing 2 (The Foundry Gallery/London Biennale - Londres/Inglaterra), “Objetos lúdicos” (Galeria Tempo - RJ), “Paixão” (Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea – RJ), Arquivo Geral (Centro Cultural Hélio Oiticica – RJ); 2007 “Novas Aquisições, Coleção Gilberto Chateaubriand” (MAM/RJ), “Estados de Metáfora” / Projeto Respiração (Fundação Eva Klabin / RJ), Fotoencontro (Galeria Mercedes Viegas /RJ); 2008, Photobienalle (Winzavod center of contemporary art -Moscow/Rússia) e realiza duas exposições individuais nas Galerias Graça Brandão (Porto / Portugal) e Arte em Dobro (RJ), quando apresenta a série Desenhos orgânicos. Em 2008, representada pela Galeria Arte em Dobro, participa das feiras SP ARTE e Arte BA. Em 2009 participa da Coletiva de fim de ano na Galeria Mercedes Viegas com um trabalho que vem sendo realizado em parceria com a estilista Luiza Marcier da grife À Colecionadora.
Claudia Bakker possui trabalhos em diversas coleções particulares, entre outras, a de Gilberto Chateaubriand e a de João Satamini.

ERNESTO NETO


VÔO CAIU
2007
desenho c/ especiaria - cravo s/ papel
84,5 x 212 cm
Estimativa: R$ 25 / 35.000


Vôo caiu.
O impacto no chão!
Esta lá a marca, o rastro do corpo estendido que um dia caiu. Este corpo em forma de minhoca bifurcada. Este corpo um tubo que se divide. Corpo pernas. Caminhos destinos. Um dia foi jogado no mundo, seguro pela sua extremidade única, por dois dedos foi erguido para voltar ao chão num tombo, um vôo que lhe lançou ao abismo, numa curva temporal, navegou pelo espaço até sofrer o impacto, se esborrachar na superfície molhada do papel, um alvo que o esperava como uma pele sobre o solo duro do chão da terra, seu corpo mole estendido feito de meia de poliamida continha uma quantidade estufante de cravo em pó, pelos poros desta pele continente, a força do impacto expeliu uma aura de sua intimidade corporal, de sua substancia existencial e por lá, esta linha bifurcada e seu odor de cravo tímido ficou, misturado a água por um, dois, três dias a fio até ser gentilmente retirado... No papel seco seu rastro, uma imagem, um desenho, uma história de um dia, de um momento, voou caiu.
A obra foi exposta na Galeria Artur Fidalgo


Biografia
Ernesto Neto nasceu no Rio de Janeiro em 1964, onde vive e trabalha. Na década de 1980, estuda escultura com Jaime Sampaio e com João Carlos Goldberg na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Realiza ainda cursos de intervenção urbana e escultura com Cleber Machado e com Roberto Moriconi, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Sua produção situa-se entre a escultura e a instalação. No início da carreira, sua trajetória é marcada pelas obras dos artistas José Resende (1945) e Tunga (1952), na exploração da articulação formal e simbólica entre matérias diversas. Mais tarde, passa a utilizar predominantemente meias de poliamida e outros materiais mais flexíveis e cotidianos. Na segunda metade dos anos 1990, Ernesto Neto realiza esculturas nas quais emprega tubos de malha fina e translúcida, preenchidos com especiarias de variadas cores e aromas, como açafrão ou cravo da índia em pó. As esculturas apresentam alusões ao corpo humano no tecido que se assemelha à epiderme e nas formas sinuosas que se estabelecem no espaço. No final da década de 1990, Ernesto Neto passa a elaborar as "naves", estruturas de tecido transparente e flexível, que podem ser penetradas pelo público. (fonte: Itaú cultural). Entre suas principais exposições individuais estão Ernesto Neto, Tanya Bonakdar Gallery, Nova York; Ernesto Neto, Gallerí I8, Reykjavík, Iceland; Ernesto Neto, Macro Museo d’arte Contemporanea Roma, Itália e A sculpture can be anything that can stand upright, Galeria Elba Benitez, Madrid, todas em 2008; Sebastian to Olivia, Galerie Max Hetzler; É a vida, o espaço interior, Galeria Artur Fidalgo; Um beijo de joguinho, MIMOCA, Marugame, Japan, MCASD downtown, JACOBS building, em 2007, Léviathan thot, Festival d’ automne à Paris, 35 edition, How to put it up, dulcieneia! Galerie Bob von Orsouw, Zurich e The Malmö Experience, Malmö Konsthall, Sweden, em 2006; Tractus I Deuses, Freud Museum, Vienna, Áustria, em 2005; Ernesto Neto, curated by Alma Ruiz, MOCA The Museum of Contemporary Art, Los Angeles, em 2004. Também em 2004 participa do Projeto Respiração, da Fundação Eva Klabin, com a intervenção Citoplasma e Organóides. O artista participou ainda das coletivas Life? Biomorphic Forms in Sculpture, Kunsthauss Graz, Austria; When Lives Become From, Mot, Museum of Modern Art – Tokyo, Japan e Rome Film Festival, Piazza Navona, Roma, Itália (2008); The encounters in the 21st Century: Polyphony - emerging resonances, 21st Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa, Japan, e Perception of Space, Museum Boijmans van Beuningen, Rotterdam (2004).
Link

JOÃO MODÉ




PAISAGEM AÉREA COM PASSAGEM PARA OUTRO LUGAR
1998
fotografia
26 x 37 x 4,8 cm (cada)
tiragem 2/5
Estimativa: R$ 8 / 10.000


“Este é um trabalho que venho desenvolvendo a partir de fotos que tiro de `paisagens aéreas´, desde 1998. Gosto de pensar o espaço celeste como um espaço sem fronteiras e atemporal em contraposição ao território da Terra, que é um espaço histórico, marcado por disputas, valores e propriedades. Me interessa a dimensão efêmera e impalpável das nuvens na atmosfera terrestre. Numa realidade marcada pela velocidade, percorremos o céu a milhares de quilômetros por hora e ele permanece silenciosamente alheio à nossa presença, desenhando com as nuvens uma dimensão que nos transporta para além da dimensão imediatamente material em que vivemos.”


Biografia
João Modé (Resende, RJ, 1961) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Forma-se em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, Rio de Janeiro, em 1983, e em comunicação visual pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ, em 1984, ano em que participa da coletiva Como Vai Você, Geração 80?. É professor do núcleo de 3D da Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro. Modé é membro fundador do grupo Visorama, formado por artistas residentes no Rio de Janeiro, que entre 1988 e 1995 promove cursos, simpósios, exposições e debates acerca de questões da arte contemporânea. Em 2001, realiza a interferência urbana Do Céu e Da Terra, no bairro carioca de Santa Teresa, e é contemplado com o Prêmio Interferências Urbanas do 11º Arte de Portas Abertas. Entre 2003 e 2004, atua como professor do Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ. Em 2006, conclui o mestrado em Linguagens Visuais pela UFRJ, enquanto participa dos projetos Draw drawing2, em Londres, Notas do Observatório e A Imagem do Som, ambas no Rio de Janeiro. Fez residência internacional em Graz, na Áustria, com o projeto Inherit - conquer, em 2004. No ano seguinte, com o Projeto Road, uma residência móvel entre La Paz, na Bolívia e Lima, no Peru. Em 2007, duas residências: em Belle Île en mer, França e em Medellín, Colômbia. (fonte: Itaú Cultural). Artista com diversas exposições no Brasil e no exterior, entre elas: Invisíveis, individual dentro do Projeto Respiração, na Fundação Eva Klabin, RJ em 2009; 8ª Bienal de São Paulo em 2008; Contraditório –­ Panorama da Arte Brasileira, MAC São Paulo em 2007; Stopover, Kunsthalle Fribourg, Suíça; Abrigo Poético – Diálogos com Lygia Clark, MAC Niterói, RJ, ambas em 2006; Bienal de Praga, National Gallery, Praga, República Tcheca, e Rede, MAM do Rio de Janeiro, em 2003. Seu trabalho articula-se por uma noção plural de linguagens e espaços de atuação. Alguns projetos envolvem a participação direta do público.

JOSÉ BECHARA


DÍPTICO MACIO
2009
Oxidação de aço e emulsão cúprica sobre lona
80 x 60 cm
Estimativa: R$ 15 / 20.000


O trabalho Díptico Macio reúne através da técnica de oxidação de emulsões metálicas duas experiências diversas: a da oxidação de emulsão ferrosa e a da oxidação de emulsão cúprica. A emulsão ferrosa é uma técnica amplamente explorada na trajetória do artista podendo ser considerada uma das suas características plásticas mais marcantes; já a emulsão cúprica encontra-se no campo das suas novas experimentações. A pintura reúne essas duas experiências e faz parte de um conjunto de obras que investiga o resultado plástico do confronto das duas superfícies, iniciando uma pesquisa cromática nova.
Obra inédita

Biografia
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na mesma cidade.
Participou da 25ª. Bienal de São Paulo; 29º. Panorama da Arte Brasileira – MAM SP; 5ª. Bienal do MERCOSUL em Porto Alegre, e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” ambas no Paço Imperial, Rio de Janeiro e realizou no Projeto Respiração da Fundação Eva Klabin a intervenção Saudade.
Realizou exposições individuais e coletivas em importantes museus e instituições como Culturgest, Lisboa, Portugal; MEIAC de Badajós, Espanha; Instituto Valenciano de Arte Moderno, Valencia, Espanha; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu de Arte Contemporânea, MAC de Curitiba; Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM BA, Salvador; Museo de Arte Contemporânea de Niterói, MAC, Niterói; Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Museu Vale do Rio Doce Vitória; Haus der Kilturen der Welt, Berlim, Alemanha; Ludwing Forum Fur Intl Kunst Aachen, Alemanha; Kunst Museum, Haeiden Hein, Alemanha; Centro Cultural São Paulo, CCSP, São Paulo; ASU Art Museum, Phoenix, USA; Patio Herreriano-Museo de Arte Contemporáneo Español, Valadolid, Espanha e MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo, Espanha.
Realiza exposições regularmente nas galerias Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal; Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte; Diana Lowenstein Fine Arts, Miami, USA; Galeria Marília Razuk, São Paulo; Bolsa de Arte de Porto Alegre; Galeria Xavier Fiol, Palma de Mallorca.
Sua obra tem sido objeto de ensaios de Luis Camillo Osório, Delfim Sardo, Agnaldo Farias, Paulo Sérgio Duarte, David Barro, Glória Ferreira, Marilyn Zeitlin, Fernando Cocchiarale, Paulo Reis, Maria de Fátima Lambert, Eugenio Espinoza, entre outros.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - coleção Gilberto Chateaubriand; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d'Art Modern i Contemporani de Palma, Espanha; Museu de Arte Contemporânea de Niterói - coleção João Satamine; Instituto Itaú Cultural; Museu de Arte Moderna da Bahia; Museu de Arte Contemporânea do Pará; Museu de arte Contemporânea do Paraná; Culturgest-Lisboa, Portugal; FIL/AIP Feira de Lisboa, Portugal; ASU Art Museum, Phoenix, USA; MoLLA, USA; Ella Fontanal Cisneros, Miami, USA; Universidade Cândido Mendes, Brasil; Stitfung Brasilea, Suiça.

JOSÉ DAMASCENO



PROJETO OBJETO
2009
Colagem
45 x 61 x 5 cm
Estimativa: R$ 20 / 30.000


Os Projeto-Objetos são peças tridimensionais fixadas na parede, caixas-suportes que utilizam sempre como substrato o papel milimetrado. Em seus interiores se passam uma sucessão de acontecimentos diversos por meio de colagens, assemblages, recortes e notações de cor, em sua maioria regidos pela idéia de jogo. Simultaneamente se apresentam questões entre problemas de escala e sistemas de representação, de forma inusitada. Damasceno discute temas próprios ao pensamento escultórico, como as relações de oposição ou complementaridade entre as formas, volumes e texturas. A utilização do papel milimetrado, material que possui tanto características técnicas ligadas à geometria como à representação de um pensamento “projetual”, é associado a elementos improváveis, gerando desdobramentos e narrativas surpreendentes a cada obra. (fonte: exposição Complementar, 2009, Galpão Fortes Vilaça)
A série teve início na galeria Arthur Fidalgo, no Rio de Janeiro, na exposição de mesmo nome Projeto-objeto. Já foi exposta na galeria The Project em Nova York em 2007 , no pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza, 2007, na exposição Viagem à Lua, e integrou a exposição Complementar no galpão Fortes Vilaça, em 2009.


Biografia
José Damasceno (1968) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Escultor, iniciou estudos de arquitetura na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro. No começo da década de 1990, passou a dedicar-se decisivamente às artes plásticas. Recebeu o Prêmio Cidade, no 14º Salão de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo (1989) e o prêmio aquisição do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte, em 1993. Nesse ano, realiza sua primeira exposição individual, Método para arranque e deslocamento, na Galeria Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. Damasceno cria objetos e instalações em que explora os limites da escultura e sua relação com o espaço. Em 1995, participa da mostra Panorama da Arte Brasileira, no MAM, São Paulo. Desde então expõe regularmente no Brasil e no exterior tendo participado da 25ª Bienal de São Paulo 2002, Bienal do Mercosul 2003, L’esperienza dell’Arte na Bienal de Veneza 2005 e Viagemà Lua na representação brasileira da Bienal de Veneza 2007. Em 2004 inaugurou o Projeto Respiração na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro com a exposição Cinematograma. Em 2008 realizou mostra individual Coordenadas y Apariciones no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia.
Link
Galeria Fortes Vilaça

MARTA JOURDAN



DERRAMADOS
2009
Porcelana /grampos imantados
17 x 30 x 20 cm

Estimativa: R$ 4 / 6.000


A gênese da série Derramados se deu a partir da experiência com a instalação Zona de Lançamento #1, que a artista realizou em 2007 no Projeto Respiração da Fundação Eva Klabin. Nesta intervenção a imagem de pingos de água era projetada sobre as paredes, o mobiliário e os objetos do quarto de dormir de Eva Klabin, dando a sensação de transbordamento. Na Série Derramados (2008/2009), a artista utiliza peças de porcelanas, relíquias de família, a partir das quais grampos imantados são derramados.


Biografia
Marta Jourdan (1972) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É representada pela Galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, RJ. É uma artista que tem formação em cinema, tendo passado também pela Escola de Artes Visuais do Parque Laje (EAV), Rio de Janeiro, pela Escola Jaques Le Coq- Paris , Franca e pelo Atelier de construção de objetos (L.E.M.), Paris , França. Participou da mostra Rio Die Tapes, Rotterdan, Holanda ( 2001). Realizou diversos vídeos para MTV e programas para TV, tendo dirigido programa sobre a Bienal de Veneza (1999), veiculado na Globo News. Realizou também filmes para os artistas Tunga, Ana Holk e Brígida Baltar (filme adquirido para coleção de Gilberto Chateaubriant). Em 2006 participou da coletiva Arte Hoje na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com o vídeo Infiltração e a instalação Líquidos Perfeitos. Em 2007 realizou a instalação Zona de Lançamento#1 no Projeto Respiração da Fundação Eva Klabin, RJ e expôs o vídeo Passage no Goethe Institute de Nova York e no Jeu de Paume em Paris. Fez individual em 2008 na Galeria Mercedes Viegas no Rio de Janeiro, participou do Arquivo Geral , com curadoria Fernando Cocchiarale, da exposição H2O, com curadoria de Heloisa Buarque de Holanda, esteve na SP arte feira de arte, de São Paulo, e participou de coletivas realizadas em BH , SP e RJ. Em 2009, fez individual em São Paulo no Sesc Ipiranga com intervenção da Cia Intrépida Trupe , participou da coletiva 2 em 1, trabalho realizado em parceria com artista Barrão, nas Cavalariças do Parque Lage, RJ. Participa atualmente do projeto Coleções no Palácio Gustavo Capanema (FUNARTE), RJ.

NUNO RAMOS



SEM TÍTULO
2009
Acrílico, espelho, pelúcia, tinta a óleo
90 x 200 cm (sem moldura)
Estimativa: R$ 50 / 60.000


Nuno Ramos parte da consciência da irredutibilidade dos materiais com que lida e destaca a sua ação como a de um aglutinador de materiais, graças as suas diferenças e não apesar delas. Nesse processo o que permanece ou o que é entregue à visibilidade é a potência da ação de juntar o que aparentemente não estava destinado a estar junto.
Esse processo é evidente na série denominada Desenhos, a qual pertence este trabalho. O que garante a possibilidade de juntar materiais que não se misturam, como pelúcia, tinta, espelho, acrílico ou latão, ente outros, é uma ação externa e estranha a eles. É a própria ação do artista que deixa de ser um elemento que desaparece ao longo do processo criativo para ser uma força a se manifestar e se presentificar no resultado da obra. Em outras palavras, não é a plasticidade inerente aos materiais que desencadeia uma poética visual – ele não está interessado na poética dos materiais. Mas é a ação/imaginação do artista, ao reunir o não-reunível, que explicita uma apreensão estética, que surpreende a tensão e a fragmentação do mundo em que vivemos e o paradoxo que subjaz a tudo. (Marcio Doctors)

Obra inédita


Biografia
Nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo, em 1982. Desde 1983 tem exposto pelo Brasil e pelo mundo. Participou das Bienais de São Paulo de 1985 e 1989 e da Bienal de Veneza de 1995. Em 2002 realiza no Espaço de Instalações do Museu do Açude, Rio de Janeiro, uma instalação permanente intitulada Calado. Ganhou o Grand Award da Barnett Newman Foundation, pelo conjunto da obra, em 2006. Em 2008 participou do Projeto Respiração, da Fundação Eva Klabin, com a exposição Pergunte ao, um dos dez projetos selecionados pelo Edital Arte Patrimônio 2007 (IPHAN/Paço Imperial). Como escritor, publicou os livros “Cujo” e “O pão do corvo”. Como cineasta, produziu e dirigiu (em parceria com Eduardo Climashauska e Gustavo Moura) os curtas “Luz Negra”, “Casco” e “Iluminai os terreiros”. De suas últimas exposições individuais podem ser destacadas, em 2009, Mar Morto, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro; em 2008, fodasefoice, Galpão Fortes Vilaça, São Paulo, e individual no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília; em 2006, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; em 2004, Morte das Casas, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo; em 2000, MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museum of Contemporary Art San Diego, USA, e Para Goeldi: Segunda Versão, Casa Vermelha, Curitiba; em 1999, Centro de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro; em 1995, Milky Way, Brooke Alexander Art Gallery, Nova York. Para 2010 está prevista exposição na Gallery 32, London, UK.
O artista participou também de inúmeras coletivas, destacando-se, entre as últimas, em 2009, Arte para Crianças, SESC Pompéia, São Paulo; em 2008, Geografías (in)visibles – Arte Contemporáneo Latinoamericano en la Colección Patricia Phelps de Cisneros, Centro León, Santiago, República Dominicana; em 2007, 80-90: Modernos, Pós Modernos, etc, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Encuentro entre dos Mares, Bienal de São Paulo – Valencia, Valencia, Espanha; em 2005, 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 29º Panorama de Arte Brasileira, MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo; em 2004 Novas aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Invenção de Mundos, Coleção Marcantônio Vilaça, Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha; em 2003, Marcantonio Vilaça - Passaporte Contemporâneo, MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; em 2002, Caminhos do Contemporâneo, Paço Imperial, Rio de Janeiro, Ultrabaroque – Aspects of Post Latin American Art, Museu de Arte de Porto Rico; Chicago Cultural Center, Chicago, USA, Atarazanas, Valencia, Espanha; Forth Worth Museum of Modern Art, San Francisco, USA; Museum of Modern Art, Walker Art Center, Minneapolis, USA; em 2001, Políticas de la diferencia: Arte Iberoamericano fin de siglo, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museo Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, Argentina; Museo Sofia Amber, Caracas, Venezuela, Museu de Arte Contemporâneo de México, Cidade do Mexico; em 2000, O Trabalho do Artista, Instituto Itaú Cultural, São Paulo; em 1999.
Link
Galeria Fortes Vilaça

PAULO VIVACQUA


BRONZE AR
Espelho Bronze, Alto Falantes, Fios e Acrílico
46 X 136 cm
Sonoridade: loop-arpeggio, notas , campo harmônico, como reflexos em um jogo de luz-sombra, som silêncio. Fluxo-etéreo.
ar leve, ar pesado e bronze ar
Tiragem 1/3
Estimativa: R$ 8 / 12.000

A idéia proposta no trabalho de Paulo Vivacqua, seja em instalações,esculturas ou objetos, estende a percepção visual no que se revela naescuta e no tempo. O som funciona como matéria poética que se desvelano espaço e a passagem do tempo gera um estado ou ambiente imersivoonde obra e sujeito estão envolvidos em uma experiência sensorial ouacontecimento.

Descrição, conceito
Fios conectam 18 alto falantes pequenos fixos sobre espelho (tonalidade bronze, cinza ou cristal, de acordo com a obra). Os alto falantes e fios são divididos e desenhados em dois grupos de 9 falantes, dois canais de áudio. Todo o conjunto está contido, emoldurado, em uma caixa de acrílico (de contorno escuro) fixada na parede. Nas duas extremidades da lateral inferior da caixa existem dois pontos de onde caem até o chão 2 pares de fios que se seguem até um aparelho de CD (microsystem), onde se conectam nas entradas das caixas de som, Left Right. O CD deve estar na modalidade de loop para a repetição automática da composição sonora emitida a partir dos falantes.

O desenho orgânico dos fios faz um contraponto à posição métrica dos falantes na superfície. Resultando em um desenho, falante-fio, ponto-linha. O espelho reflete o ar, ou nada, quer dizer, o que esta na frente do mesmo pois o ar é transparente. Mas o reflexo ganha o tom cinza ou bronze ou claro de acordo com a tonalidade do mesmo. Daí a idéia lúdica inicial sobre o ar e suas qualidades ou tons ou significados. O Ar Leve, Ar Pesado e Bronze Ar (descrito acima), onde os Ar Leve e Ar Pesado são variantes na densidade e agrupamento de falantes e formato da caixa (lateral Branca).

A obra fez parte da ultima exposição individual do artista, chamada "V(ar)iações", na Galeria Artur Fidalgo (05/2009) e imagens podem ser vistas no site da galeria.


Biografia
Paulo Vivacqua nasceu em 1971, Vitoria (ES). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Em 2000, individual no Ateliê Finep Mobile e Paisagens Subterrâneas apresentada na coletiva Brasil+500 na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal, 2000.
Em 2001 foi selecionado pela Bolsa Virtuose para desenvolver seu projeto sobre "A Instalação Sonora" como Artista Residente na Apexart em Nova York. Neste período (2001-2003) realizou os trabalhos Sound Field (2002), Escape (2002) e Radio Polyphony (2003).
Em 2005 participou da 2ª Bienal de Arte Contemporânea de Praga, 5ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre com a instalação Residuu e da exposição individual na Galeria de Arte do IBEU no Rio de Janeiro com a instalação Feitiço.
Em 2006 projetos e exposições incluem a individual Nympheas na Galeria Artur Fidalgo no Rio, a coletiva Rumos 2006 / Itaúcultural em São Paulo e Paço Imperial no Rio de Janeiro, Prêmio Projéteis Funarte 2006 no Palácio Gustavo Capanema no Rio de Janeiro. Residência na The Townhouse Gallery no Cairo com a obra Stereo Desert. Também Participou da coletiva Brasil+Berlin na galeria Weisser Elefant em Berlim, no MAC 10 Anos em Niterói, participou da coletiva "Geração da Virada" no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo e do Projeto Respiração na Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro com a instalação Visita.
Em 2007 Participou da coletiva "Tomada" em São Paulo na Galeria Leme, fez exposição individual na Galeria Matias Brotas em Vitória, Espirito Santo. Participou com a obra Deserto nas coletivas "Equatorial Rhythms", no Museu Stenersen em Oslo, Noruega e "Futuro do Presente" no Itaucultural em São Paulo participou e da coletiva "Museu como Lugar" com o trabalho in situ Real Imaginário no Museu Imperial em Petrópolis.
Em 2008 recebeu o prêmio Arte e Patrimônio "Iphan 70 Anos" pelo projeto Sentinelas realizado no Palácio Gustavo Capanema, exposição individual na Galeria Murilo Castro em Belo Horizonte e no Paço Imperial no Rio de Janeiro, e participação em coletivas em Brasilia e Rio "Arte e Música" no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, "Nova Arte Nova" no Rio de Janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil, "Poética da Percepção" MAM Rio com a obra Anjo e na coletiva "1+7" no Museu Vale em Vitória com a instalação Lug(AR).

em 2009 Individual V(ar)iações na Galera Artur Fidalgo, Rio de Janeiro, "Nova Arte Nova" em São Paulo no Centro Cultural Banco do Brasil, artista convidado do 63º Salão Paranaense em Curitiba.


RUI CHAFES















DA SÉRIE “TRISTE PLAISIR”
2007
grafite e tintas s/ papel
48 x 33 cm (cada)
Estimativa: R$ 10 / 15.000

Estes desenhos formam um grupo intitulado "Triste Plaisir" e foram feitos em Roma, em 2007. A sua linguagem é, como sempre, um caminho ambíguo entre o orgânico, o vegetal e o musical. Apresentam-se como memórias que todos possuímos e reconhecemos e que são, simultaneamente, prenúncios de um futuro que nos é comum. São desenhos sem princípio nem fim, são um contínuo entre o sonho e a vontade de não ter peso nesta terra.

Biografia
Rui Chafes (Lisboa, 1966) estudou Escultura na Universidade de Lisboa em meados da década de 1908 e, entre 1990 e 1992, freqüentou a Kunstakademie de Düsseldorf, na Alemanha. Atualmente vive e trabalha em Lisboa. Expondo regularmente desde a metade dos anos 80, cedo consolidou um percurso que conta já com múltiplas exposições em Portugal e no estrangeiro, bem como com representações portuguesas na Bienal de Veneza (em 1995, com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis) e na Bienal de São Paulo (em 2004, em projeto conjunto com Vera Mantero).
Em Portugal, já expôs individualmente em importantes instituições, como o Museu de Serralves e o Sinta Museu de Arte Moderna – Colecção Berardo. Numerosas obras suas integram os mais relevantes acervos públicos e privados, como a Colecção Berardo e os do Museu de Serralves, do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, do Museu do Chiado, do Centro de Artes Visuais, da Fundação Ellipse, da FLAD, da Caixa Geral de Depósitos e do Banco Privado Português.
Fora de Portugal, realizou exposições individuais em instituições como o S.M.A.K. (Gent, Bélgica), o Museum Folkwang (Essen, Alemanha), o Nikolaj Copenhagen Contemporary Art Center (Copenhague, Dinamarca), a Fondazione Volume! (Roma, Itália) e a Fundação Eva Klabin/Projeto Respiração (Rio de Janeiro, Brasil), e diversas obras suas integram os acervos de museus como o S.M.A.K. (Gent, Bélgica), o Museum Folkwang (Essen, Alemanha), o Museum voor Moderne Kunst (Arnhem, Holanda) e o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madri, Espanha).
Links
Site do artista
Galeria Graça Brandão
A Fundação Eva Klabin agradece à Vilaseca Assessoria de Arte, que generosamente ofereceu as molduras para os trabalhos de Rui Chafes.

EDIÇÕES DO PROJETO RESPIRAÇÃO

Entre 2004 e 2009, o Projeto Respiração já teve dez edições, apresentando o trabalho de 12 artistas:
José Damasceno - Cinematograma (26 de agosto a 03 de outubro de 2004)
Ernesto Neto - Citoplasma e Organóides (11 de novembro a 12 de dezembro de 2004)
Chelpa Ferro - Estabilidade Provisória (30 de abril a 29 de maio de 2005)
Anna Bella Geiger - Circa (18 de maio a 16 de julho de 2006)
Paulo Vivacqua -Visita (29 de setembro a 03 de dezembro de 2006)
Estados de Metáfora com Brigida Baltar - Passagem Secreta, Claudia Bakker - Primavera Noturna e Marta Jourdan - Zona de Lançamento # 1 (07 de junho a 05 de agosto de 2007)
Rui Chafes - Nocturno (26 de outubro a 16 de dezembro de 2007)
Nuno Ramos - Pergunte ao (04 de abril a 01 de junho de 2008)
Jose Bechara - Saudade (15 de novembro de 2008 a 01 de fevereiro de 2009)
João Modé - Invisíveis (23 de maio a 26 de julho de 2009)
Em 2010 a artista convidada é Anna Maria Maiolino